segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Copa do Mundo em 2014: O duplo desafio brasileiro

A modernização tecnológica e o desenvolvimento econômico são os princípios norteadores do ideal da sociedade moderna. Entretanto, os séculos de exploração representaram e representam um obstáculo aos países colonizados no que se refere à possibilidade de propagação desse ideal. O Brasil, neste contexto histórico, como país sede da Copa do Mundo de 2014, encontra-se em um duplo desafio: primeiro criar condições estruturais para sediar o evento; segundo, apresentar uma excelente seleção para fazer jus à condição de país do futebol e receber o título de campeão mundial em casa.

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Histórica e mundialmente, o Brasil é conhecido como o país do futebol; não somente por ser o único país com cinco títulos de campeão do mundo (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002), mas também por formar seleções que, em campo, sempre encantam com suas jogadas criativas, irreverentes e de muita técnica. A cada ano de Copa gera-se uma expectativa sobre qual será a melhor seleção; mas não há dúvida de que a principal rival é a seleção brasileira. No caso da Copa do Mundo de 2014, no entanto, o desafio vai além do campo - da busca de ser o melhor país nesta modalidade esportiva -, é preciso também cumprir a tarefa de oferecer infraestrutura adequada para sediar um evento dessa magnitude.
Na primeira copa do mundo sediada no Brasil, em 1950, o país ainda estava em construção, ou seja, as exigências em infraestrutura eram menores
Na primeira Copa do Mundo sediada pelo Brasil, em 1950, o país ainda estava em construção, ou seja, as exigências em infraestrutura eram menores, e os ideais da modernização ainda se delineavam até mesmo no âmbito mundial. Entretanto, hodiernamente, sediar a Copa do Mundo de 2014 para o Brasil significa demonstrar a superação da condição histórica do processo de expropriação, da condição de ex-colônia e de país "subdesenvolvido", e revelar-se um país moderno. O grande desafio será modernizar o país seguindo os padrões exigidos pelo modelo hegemônico para sediar o maior evento esportivo mundial. O processo modernizador exige remodelação dos estádios, modernização de instalações, equipamentos e serviços; principalmente no que se refere à segurança e ao sistema de transporte terrestre e aéreo. Em última instância, esse cenário poderá simbolizar uma mudança em diversas dimensões sociais, políticas e econômicas do país, bem como no próprio imaginário de construção da identidade nacional.
O Brasil traz no âmago de sua história a necessidade da superação dos longos anos de exploração e estagnação política e socioeconômica, pois até o final do século XIX havia total dependência da coroa portuguesa, foi somente no início do século XX que surgiram os primeiros projetos de modernização do país. No entanto, a adoção da perspectiva hegemônica ditada por Europa e Estados Unidos como ponto de partida sempre representa um impasse para a consolidação dos países colonizados.

Deisilaura Ledoux 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Copa do Mundo 2014: Violação dos direitos humanos e sociais

Em “estado de exceção”, o governo brasileiro vem flexibilizando diversas leis para que os interesses de empresas privadas prevaleçam nos preparativos para a Copa do Mundo. Os impactos negativos desta atitude recaem, primeiramente, sobre os segmentos mais excluídos da sociedade. Em sua defesa, organizações não-governamentais de todo o Brasil vem se mobilizando na tentativa de intervir e impedir a perversidade do processo.

Abaixo, confira a nota de repúdio da Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira e o Documento da Articulação Popular Nacional pela garantia dos Direitos Humanos, no contexto dos Megaeventos.

ICM REPUDIA REMOÇÕES FORÇADAS NOS PREPARATIVOS PARA A COPA DE 2014

A ICM, Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira, vem por meio desta expressar sua preocupação com as recorrentes notícias de violação de direitos humanos praticados na preparação do Brasil para receber as Olimpíadas e a Copa do Mundo de 2014, em especial no que diz respeito a violação do direito à moradia adequada.
Tais notícias têm surgido na mídia por denúncias de movimentos sociais nacionais e internacionais, e de organizações como a ONU. A ICM acredita que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos são uma importante celebração mundial da valorização do ser humano e que, portanto, estes eventos devem ser antes motivo de orgulho para toda a sociedade brasileira do que motivo para a vergonha. Acreditamos que eventos como a Copa são uma oportunidade para melhorar a vida da população local por meio da geração de emprego, trabalho e renda especialmente aos mais jovens e às famílias que vivem nas regiões mais próximas aos locais dos eventos.
No entanto, na preparação para receber a Copa 2014 no Brasil, a ICM tem tomado conhecimento sobre situações de completo desrespeito aos direitos humanos, especialmente em relação ao direito à moradia adequada. Tal situação se alastra não apenas nas regiões em que há a construção de estádios, e repete situações já ocorridas nos preparativos aos jogos de 2010 na África do Sul.
A ICM repudia qualquer forma de violação de direitos humanos e trabalhistas e recomenda às autoridades brasileiras maior atenção aos processos de remoção de famílias cujas moradias se encontram em áreas atingidas pelas obras relacionadas de forma direta ou indireta a esses grandes eventos esportivos. No mesmo sentido sublinhamos a importância de que se fortaleçam as práticas de consulta e de participação popular nos processos de planejamento e de avaliação das obras e das remoções. Acreditamos que tais práticas são fundamentais para que a Copa do Mundo no Brasil possa deixar um legado de avanço social, ambiental e econômico no país ao invés de um rastro de violação dos direitos fundamentais dos seres humanos.
A celebração da Copa do Mundo e das Olimpíadas só será completa se os direitos humanos e trabalhistas forem respeitados em sua plenitude.

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A realização da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016 é a oportunidade de gerar investimentos que reduzam as desigualdades sociais, com a promoção de melhoria das condições de vida da população brasileira. Mas o que assistimos em nome da realização destes Megaeventos Esportivos é a violação de direitos humanos e sociais. Enquanto os governos, organizações internacionais (FIFA, COI) e empresas envolvidas na promoção dos eventos anunciam os possíveis benefícios, a experiência internacional das cidades e países onde já houve a realização de megaeventos demonstrou que os impactos gerados não significaram melhorias reais nas condições de vida e na ampliação dos direitos de toda a população, sobretudo das pessoas mais pobres e vulneráveis.
Em muitos casos, estes megaeventos têm gerado efeitos negativos sobre diversos segmentos sociais, especialmente sobre aqueles que historicamente são excluídos/as, como: moradores/as de assentamentos informais, migrantes, moradores em situação de rua, trabalhadores/as sexuais, mulheres, crianças e adolescentes, comunidades indígenas e afrodescendentes, vendedores/as ambulantes e outros trabalhadores/as informais, inclusive da construção civil. As remoções e os despejos forçados destes grupos sociais são as violações mais comuns no Brasil e em outros países sede de megaeventos.
Seus efeitos perversos são particularmente ampliados através da imposição do Poder Público e comitês promotores dos eventos, de um verdadeiro “estado de exceção”, instituído especialmente no contexto dos jogos, que permite a flexibilização das leis e suspensão de direitos antes e durante os jogos, ameaçando, assim, os mecanismos de defesa, proteção social, garantia e promoção de Direitos Humanos.
Já está prevista a quantia de R$ 24 bilhões de recursos públicos (10 vezes o orçamento do Ministério dos Esportes em 2011) nas obras das 12 cidades sedes: Fortaleza, Recife, Natal, Salvador, Manaus, Cuiabá, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Além deste dinheiro, foi aprovada isenção de impostos para as construtoras dos estádios e dos campos de treinos nas outras cidades que atuarão como apoio à Copa, recebendo as seleções. Ora, por que não isentar de impostos a cesta básica dos/as trabalhadores/as?
Até agora não é evidente que o legado da Copa e das Olimpíadas contribua minimamente para a inclusão social e ampliação de direitos sociais, econômicos, culturais e ambientais. Ao contrário, a falta de diálogo e transparência dos investimentos aponta para a repetição do que ocorreu no período dos Jogos Panamericanos de 2007, quando assistimos ao desperdício de recursos públicos (de acordo com o TCU, mais de R$ 3,4 bilhões foram gastos de forma indevida, mas ninguém foi punido) em obras superfaturadas que se transformaram em elefantes brancos e, tão ou mais grave, o abandono de todas as “promessas” que geraram na sociedade, expectativas de algum “legado social”.
Se forem contabilizados os recursos investidos para a construção de equipamentos para Copa e Olimpíadas, o país poderia diminuir o déficit habitacional, ampliar o acesso aos serviços urbanos básicos, promover melhorias socioambientais, programas de trabalho e renda, investir na saúde pública e na educação. Além disso, poderia construir uma política esportiva que promovesse o esporte amador, além do esporte de alto rendimento e não beneficiar quem faz do esporte,fonte de acumulação de poder e de riquezas.


Danielle Sena

domingo, 17 de novembro de 2013

É esse o pais que sediará a Copa do Mundo?

    A Copa do Mundo de 2014 trará para o Brasil alguns benefícios, como infra-estrutura super moderna, favorecimento econômico, empregos, melhorias na segurança, sinalizações e sistema de transporte com maior eficiência e comforto, entre outros.
    Existem muitos pontos negativos também, o favorecimento econômico será parcial pois beneficiará mais os grandes empresários hoteleiros e donos de restaurantes, pequenos comerciantes não serão beneficiados, o povo não será beneficiado, os empregos gerados serão temporários, a melhoria no sistema de  transporte, segurança e sinalizações acontecerá nas proximidades dos estádios e principais vias de acesso, e o restante da cidade como e que fica?
    Os videos que seguem resumem de forma bem significativa a realidade brasileira:
                                                                                                                                                                   
É esse o país que sediará a Copa do Mundo em 2014?
    Acredito que as verbas públicas poderiam ser direcionadas de forma melhor, o Brasil possui pendências muito grandes com o sistema de saúde e a educação, essas deveriam ser suas prioridades, esse ainda não era o momento para o Brasil sediar uma Copa do Mundo, não era o momento apropiado. O Brasil não está preparado para um evento desse porte.

Aluno: César Augusto Aquino Oliveira
  



Copa do mundo e suas lições para o brasil!

       
 A grande dúvida do brasileiro é, o que a copa do mundo de 2014 conseguirá produzir de vantagens para o nosso país.
A realização de grandes eventos esportivos em tese, a copa do mundo de 2014, sempre é abordada com o intuito de grandes reformulações sociais e estruturais, como por exemplo: O aumento da demanda de empregos, o crescimento econômico, transformações urbanísticas e entre outros. Porém até que ponto, o grande investimento que será realizado nas cidades sedes, será benéfico para o nosso país, agregando retornos significativos que compensaria o grande capital aplicado, para sediar esse gigantesco evento.

    Abordando por uma percepção política em um contexto mundial, que é o tamanho da proporção desse evento. O principal fator que nos beneficiará durante a copa , será a visibilidade que a copa do mundo proporciona , colocando o Brasil em vitrine como um produto que está em crescimento e que tem muito ainda para crescer, por possuir uma vasta riqueza natural que pode ser aproveitada de diversas formas, fortalecendo com isso um dos pontos fundamentais que é o nosso turismo e juntamente a economia. Porém é importante abordar o lado mais social desse grande evento, que poderá servir como um mecanismo para a diminuição da desigualdade social fortalecendo a classe mais popular brasileira que sem dúvidas é a predominante, através do turismo, como já foi dito e das grandes oportunidades de empreendimentos que se fortaleceram devido ao mercado está aquecido pelo grande número de clientes. Trazendo ou não grandes transformações o importante é acreditar no nosso país que está buscando por mudanças, o que está por vir é muito difícil de saber, mas precisamos ter consciência de que vamos dar um grande passo.
Aluno:Matheus Rodrigues Magalhães

Será que o Brasil tem a devida estrutura para suportar um evento deste porte?

O Brasil em 2014 ira sediar a copa do mundo de futebol , assim mobilizando inúmeros recursos para este evento. Sendo eles positivos e negativos para o nosso pais, na geração de empregos, o turismo, a indústria , o ramo da construção civil, aprimoramento dos meios de transporte, segurança (principalmente nos pontos turísticos e nos estádios ), tudo isso irá agregar para o desenvolvimento econômico e cultural do país, estes são os pontos positivos da copa. Já os pontos negativos vem agregados de uma gasto absurdo na construção e reforma de estádios, onde este dinheiro poderia ser destinado a saúde publica, saneamento básico, educação , segurança fora dos locais onde serão sediados os jogos e altos impostos que teremos que pagar pra estruturar este evento. Será que o Brasil tem a devida estrutura para suportar um evento deste porte? A seguir um vídeo mostrando vantagens e desvantagens desta copa no Brasil.
Aluno: Lucas Bastos Santos

sábado, 16 de novembro de 2013

Que país é esse?


O Brasil é um país no qual ocupa o 85ª lugar no ranking do IDH, é o país onde 8,6% da população é analfabeta e é o quarto país que possui a desigualdade de rendas da América Latina. Com esses dados é possível perceber as grandes deficiências que o Brasil precisará solucionar, porém esses problemas foram passados para segunda instância tendo em vista que em 2014 será a sede para a Copa do Mundo 2014.  
O gasto para ser realizado esse evento será de em média 30 bilhões de dólares, valor superior que foi investido nas três últimas copas juntas, pois o custo foi de 25 bilhões. Para sediar esse grande evento está sendo necessário mexer na estrutura das cidades, novos estádios, reformas em rodovias, aeroportos, portos e uma sinalização melhor para a cidade.
Todos as melhorias que estão sendo feitas é um grande benefício para a população, mas lhes pergunto, todas as pessoas poderão usufruir de toda essa infraestrutura? Todo cidadão brasileiro poderá entrar no estádio e assistir o jogo? Não, justamente pela grande diferença de renda existente no país grande parte da população não tem condição alguma de pagar o valor dos ingressos estipulado pela FIFA.
O Brasil nesse momento não precisava de novos estádios e sim de uma melhoria na educação e na saúde pública, investimentos na segurança e em transporte. Marginais estão sendo retirados das favelas por policiais, mas por quanto tempo ficarão afastados? Quando a copa passar e eles forem soltos de novo quem será penalizado pelo ódio que essas pessoas estarão? A população brasileira.

 A copa é sim um evento maravilhoso para aumentar a economia, mas apenas para os grandes empresários, hoteleiros e donos de restaurantes que poderão usufruir do turismo para lucrar. Tendo em vista que o Brasil será sim a sede da Copa do Mundo de 2014 seria no mínimo necessário criar critérios para não só a classe média alta ser beneficiada, porque querendo ou não todo cidadão brasileiro precisa pagar impostos altíssimos para o governo e nunca possui o retorno real que deveria ter de todo esse dinheiro investido. 

Aluna: Anna Caroline Araújo Nascimento 

Efeitos positivos e seus colaterais


A sociedade contemporânea encontra-se em uma crise  cada vez mais elevada. Encontramos muita pobreza, falta de infra-estrutura nos hospitais, nas escolas , alem de  um desemprego desordenado que  se agrava devido as novas exigências do mercado de trabalho. Com isso podemos observar que a vida na cidade se encontra em situações precárias para as pessoas de  baixa classe social.

Um    fato que é muito comum na época da copa, seria a mobilidade urbana, que já ocorre cotidianamente, mas que aumenta ainda mais nesse período, as pessoas vem em busca de trabalhos, e melhores condições de vida. Mas, os trabalhos oferecidos durante a copa  são temporários e logo após , tudo volta para o seu lugar.E as pessoas muitas vezes por falta de condiçoes nao conseguem nem ao menos retornar para casa, pois esses empregos temporarios geram poucos salários,  salários esses que mal da pra o trabalhador se manter durante o periodo da copa, onde acima de tudo os preços se elevam e a qualidade de vida passa a custar mais caro.

Durante a mesma  os pequenos comerciantes não poderão desfrutar da copa, o local onde eles poderiam mais lucrar que seria perto do estádio foi proibido pela FIFA , em um raio de 5 km.

A sociologia presente  no nosso cotidiano , vai se encarregar de estudar os comportamentos, as culturas, os pensamentos, os jeitos de agir dos diversos povos que ocuparão o pais nessa época , e ate mesmo o as iniciativas políticas ocorridas durante a copa e em prol da mesma.


Contudo tem-se nessa charge abaixo, uma critica ao que será a copa de 2014 para os brasileiros. Pode=se perceber claramente, que o povo esquece de seus problemas, de suas reais necessidades, e passam a  pensar apenas na copa, de modo a ser correto dizer que a nossa sociedade se encontra alienada. Os políticos se aproveitam da utilização do dinheiro publico que deve ser encaminhado para as obras e organizações da FIFA, como forma de desviar dinheiro e obter lucro de maneira ilícita. O empreiteiro,  se encontra  alegre por acreditar que encontrara muito serviço pela frente e conseqüentemente um bom lucro, porem muitas vezes acaba não se recebendo todo o prometido ou ate mesmo atrasando bastante.


                                                                                                                      
                                                                                                                        
 referencia:http://portalvenceslau.com/wp-content/uploads/2013/01/Copa-do-Mundo-2014-no-Brasil-A-Realidade.jpg

 por:Nábila Brito